Deixem a vossa marquinha *.*

domingo, 26 de setembro de 2010

Capítulo 29 - De volta ao Navio

Quando pensamos que não há esperança alguma, surge a luz que nos ilumina...
- Jane! - chamou o Sr. Thomas. - Jane, acorda!
Abri os olhos e estava rodeada pela minha tripulação. Estava completamente encharcada e suja de areia. Mas estava no meu navio. Sim, tinhamos conseguido chegar ao menu navio, o que me fez levantar de imediato.
- Sr. Thomas! - gritei eu abtaçando-o. - Oh, ainda bem que o senhor está vivo!
- O importante é estares viva! - exclamou o Sr. Thomas. Rimo-nos e abraçámo-nos outra vez.
Olhei em meu redor. Lyeel, Marcus, Richard e Taylor estavam vivos, assim como a maior parte da minha tripulação. Jack também se encontrava vivo, o que tranqulizou bastante o meu coração. Jack tinha vários ferimentos na cara e no peito.
- Estou feliz por estares viva morena! - exclamou Jack sorrindo para mim.
- Por momentos deixei de te ver...pensei que tinhas morrido. - disse-lhe.
- Não podia morrer sem me despedir de ti! - respondeu-me Jack sorrindo para mim.
Queria tanto abraçá-lo e poder contar-lhe tudo o que quisesse, mas limitei-me a olhar de novo para a ilha, inundada pelas águas do Atlântico. Tudo aquilo pelo qual lutei todos estes meses, afundara-se, tal como a minha determinação e uma parte de mim.
- Acabou Jane! - exclamou Lyeel aproximando-se de mim.
- Não, não acabou. - respondi-lhe. - Este pode ser o princípio do fim.
- O que significa isso? - perguntou-me.
- Eu sinto que por detrás daquela gruta, ele está vivo! - afirmei.
- Black Diamond? - perguntou-me.
- Ele já sobreviveu a coisas piores Lyeel. - contei-lhe. - Porque haveria de não sobreviver a isto? - a minha desconfiança sobre o estado de vida de Black Diamond acentuava-se cada vez mais. Sexto sentido ou não, a verdade e que esta ideia não me saia da mente. - O mar está agitado, o céu simula que vem aí tempestade, o vento sopra com força...ele continua vivo! - o sentimento de frustração invadiu o meu coração. A minha vingança não fora realizada. Mas nada havia a fazer. Ia seguir o meu caminho, sem olhar para trás!
- Agora é seguir em frente Jane... - referiu Lyeel aproximando-se de mim.
De um momento para o outro senti uma fraqueza e quase que me desiquilibrei.
- Jane estás bem? - perguntou-me.
- Foi só uma tontura, acho eu...
- Não comes há horas Jane, precisas de te alimentar. - aconselhou-me.
- Eu sei... - disse tentando controlar a minha respiração, que tinha ficado acelarada.
Lyeel estava cada vez mais próximo de mim. Colocou as suas mãos na minha cintura e quando tentei tirá-las, os seus lábios já estavam juntos dos meus. Pela primeira vez sentira algo novo que nunca tinha sentido antes. Lyeel tornara-se o meu melhor amigo, e eu sentia apenas só isso, até hoje.
- Lyeel não... - disse-lhe afastando-o.
- Ainda o amas não é? - perguntou-me.
- Desculpa...
- Não posso mandar no teu coração Jane. - disse-me Lyeel acariciando-me a cara.
Abraçámo-nos os dois e estivemos assim durante algum tempo.

Horas depois, já me tinha alimentado. A fraqueza tinha passado, mas sentia-me enjoada. As águas estavam demasiado agitadas e o barco balançava mais do que era costume, mas mesmo assim estranhava a intensidade do enjoo. O beijo que Lyeel me dera não me saía do pensamento. Depois de tudo o que acontecera entre mim e Jack ainda o amava, mas percebi que sentia algo mais por Lyeel do que o que costumava sentir, o que me assustava. Lyeel sempre me fora fiel, desde o dia que descobriu que eu era uma mulher.
O Sr. Thomas entrou no meu camarote. - Jane, os homens estão lá fora reunidos. - informou-me.
- Obrigada Thomas. Dirigi-me para o convés. Os vinte homens que constituiam a minha tripulação esperavam-me. - A batalha ainda não terminou meus senhores! Black Diamond pode estar desaparecido, mas pressinto que a sua alma continue viva. - referi. - Lamento profundamente as vidas perdidas durante toda esta jornada, lamento as ilusões que vos criei.
- Ninguém disse que a vida de pirata era fácil! - exclamou Marcus. - A capitã fez todos os possíveis para que tudo desse certo!
- Nós somos piratas, mas temos muito mais coragem do que marinheiros ao serviço da coroa! - exclamou Lyeel. O seu comentário fez-me sorrir.
- Qual é a próxima paragem capitã? - perguntou Richard.
- Talvez, por onde tudo começou, África. - rewpondi. - A ideia de voltar ao meu berço agradava-me bastante. Voltar a sentir a minha verdadeira terra debaixo dos meus pés seria uma sensação única. - Todos às vossas posições!
Jack estava encostado às escadas e aproximou-se de mim.
- Senteste melhor? - perguntou-me.
- Sim. - respondi.
- Devias descansar. - aconselhou-me com uma certa frieza na voz.
Olhei para o seu peito e continuava a sangrar. Quando ele se preparava para me voltar costas puxei-o pelo braço.
- Anda, precisas de ser tratado! - disse-lhe.
- Isto sara sozinho! - disse.
- Não Jack, precisa de ser desinfectado! - exclamei-lhe alterando o meu tom de voz.
Ele acabou por ceder, entrando comigo no meu camarote. Durante segundos as nossas mãos tocaram-se e aí senti de novo a magia...

10 comentários:

  1. bem, coitado do Lyeel :\
    "O amor está no ar"

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  2. Pipoca Machado, Lyeel sabe que Jane ainda nutre sentimentos muito fortes por Jack, mas mesmo assim decidiu tentar*
    É o penúltimo, mas lembra-te do que Jane disse, é o princípio do fim...
    Beijos e obrigada por acompanhares*.*

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  3. Depois disto vais comecar outra historia ??

    Rita

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  4. Primita desculpa ter andado calado com os comentários à tua história mas tenho seguido-a sempre que possível. Hoje li finalmente este capítulo e está bastante interessante. Vamos ver o que acontece no capitulo derradeiro =)
    Beijoca boa

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  5. A verdade é que o teu comentário já me pôs um sorriso na cara*
    Obrigada por acompanhares:D
    Vou ver se actualizo o mais rápido que conseguir:)

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  6. Rita, não tenciono deixar de escrever. A próxima vai ser um pouco diferente da história de Jane Deverport, mas não se esqueçam desta..

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  7. prometo que nunca vou esquecer esta historia :D

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  8. Obrigada Pipoca Machado:) Histórias como estas não se esquecem!:)

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