Deixem a vossa marquinha *.*

quarta-feira, 30 de março de 2011

Capítulo 16 - Planos antecipados

Durante as horas seguintes a minha cabeça esteve concentrada naquilo que diziam ser o "Coração de Ouro". Mas o que seria mesmo aquilo? Haveria algo mais por detrás deste nome? Estava tão curiosa. Parecia quando era pequena quando a minha pessoa não descansava enquanto não descobrisse o que estava a acontecer. Mas desta vez tinha de me prevenir. A curiosidade por vezes leva-nos a seguir caminhos errados. A verdade é que queria mesmo descobrir do que se tratava. Precisava de ver com os meus próprios olhos esse "coração de ouro".

No meu primeiro jantar com aquela família senti-me diferente. Há muito que perdera a noção de jantar sentada numa mesa cheia de comida, com pessoas ao meu lado. Reparei em como Robin falava com Jack. Este ficou surpreso por saber que o filho possuia de tanta sabedoria. Pensei em como seria bom se Jack e Robin passassem mais tempo juntos. Robin adorava Jack, apesar de desconhecer qualquer ligação que existiu entre nós os dois. E o Jack...via nos seus olhos que amava aquela criança e que estava morto de arrependimento de ter escolhido o caminho que escolheu.
O pai de Sesha ofereceu-me vinho. Mais uma coisa à qual não estava habituada, visto que a bordo dos navios a bebida de eleição é o rum, mas dada a minha experiência com esta bebida, parei durante algum tempo. O sabor do vinho era doce e viciante. O seu aroma fazia lembrar-me o cheiro da adega que tinha na minha casa. O Sr. Thomas olhou-me de relance e percebi que deveria pousar o vinho.
- Então Jane, porque não nos fala um pouco de si? - perguntou Sesha. Parei de comer e olhei para si. O seu olhar penetrou em mim, como se me quisesse arrancar algum pedaço.
- Não há muito para dizer... - respondi limpando a boca ao guardanapo.
- Hum... - emitiu. - Significa que há um bocadinho de informação que nos pode contar! - afirmou Sesha. O seu tom estava-me a irritar profundamente.
- Sesha, não impliques com a Jane. - pediu Jack discretamente.
- Peço desculpa. - disse Sesha, disfarçando a sua vontade aguda e irritante de se meter na minha vida, e eu não me iria dar ao desfrute de lhe contar o meu passado. Jack olhou para mim. Estava na minha diagonal e eu estava com a sensação de que ele me queria dizer algo. Desviei o olhar, pois o pai de Sesha estava de olho em mim e eu não poderia deitar tudo a perder.
De repente umas das criadas entrou exaltadamente na sala, aproximou-se do pai de Sesha e segredou-lhe algo ao ouvido. Notei pelo olhar dele que o assunto era sério. Ele limpou a boca ao guardanapo, pediu licença e levantou-se da mesa e saiu do salão de jantar. Jack fez o mesmo. Toda aquela situação era de desconfiar e havia algo muito misterioso nisto tudo.

[Narrado por Jack]
A Jane estava desconfiada sobre esta saída repentina. Os outros também estariam, mas a Jane sobretudo. Conhecia a sua personalidade e tinha noção do que tudo para ela vindo de um lugar estranho era motivo de desconfiança. Eu e Jones dirigimo-nos até à entrada onde éramos aguardados por um dos oficiais da marinha.
- Posso saber o motivo pelo qual o meu jantar foi interrompido? - perguntou Jones.
- A viagem precisa de se antessipar! - respondeu directamente.
- Perdão? - perguntou Jones. - Eles mal chegaram!
- Precisamos da rapariga antes que ela mude de ideias! - exclamou o oficial.
- Ela não é uma rapariga qualquer! - exclamei revoltado agarrando no uniforme do oficial. - A Jane não vai mudar de ideias... e esta história toda não faz dela um brinquedo que podemos usar e deitar fora. Não vou permitir que as coisas cheguem a esse ponto!
- Devias acalmar-te Jack! - avisou-me Jones puxando-me par trás. - Informe o seu superior que amanhã nos iremos encontrar com ele. - disse. - Agora vá embora e deixe-nos acabar a refeição! - ordenou.
- Muito bem! - assentiu. - Com a vossa licença...
Já devia prever que isto fosse acontecer. Havia alguém que sabia do meu passado com Jane e que agora o usava indirectamente contra nós.
- Devias controlar melhor as tuas emoções Jack! - advertiu Jones. - Não é preciso tanta exaltação e revolta por causa de uma mulher, ainda para mais uma mulher que não é tua noiva!
Assenti com a cabeça. As minhas acções e os meus instintos quase que deitaram tudo a perder. Precisava de falar urgentemente com a Jane. Havia tanto por dizer, por revelar e por explicar. Durante nove anos das nossas vidas aconteceu tanto e a vida mudou. Entrei na sala e lá estavam todos a olharem para mim desconfiados. Mas o olhar dela foi o que mais me captou. Aquele olhar esfíngico e duvidoso penetrava o meu corpo.

...

Depois de todos irem dormir desloquei-me ao quarto dela. Conseguia ver a luz da vela acesa por debaixo da porta. Sabia que estava sozinha e que se preparava para descansar. De mansinho abri a porta e ela lá estava com a camisa de noite vestida. Uma camisa num tom azul claro. Parecia uma Jane diferente, mais sensual e feminina. Ela não se pareceu surpresa com a minha presença.
- Já tinha calculado que aparecesses por aqui! - exclamou ela. - Mais tarde ou mais cedo entrarias no meu quarto.
- Há coisas que nunca mudam! - respondi-lhe com ironia. Já à muito que não usava este tipo de discurso.
- E como há coisas que não mudam, continuas a esconder-me algo... - disse.
- Jane, eles querem antecipar a viagem! - contei-lhe.
- Porquê? - perguntou.
- Há alguém que sabe o que se passou entre nós Jane! - exclamei. - E usarão isso contra nós!
Jane sentou-se na sua cama e encostou as penas a si. - Não, ninguém pode saber! - exclamou. - E o Robin? É perigoso para ele Jack, ele não pode saber a verdade por outra pessoa, é demasiado perigoso.
- Amanhã iremos encontrar-nos com todos os oficiais da marinha e aí decidirão como tudo se resolve. - expliquei.
Preparava-me para sair do quarto quando Jane me interrompeu.
- O que sabes sobre o coração de ouro?
Virei-me para si e aproximei-me. - Não sei muito mais que tu Jane! - respondi-lhe honestamente. - Aliás, ninguém sbe muito bem do que se trata.
- Significa que vamos procurar alguma coisa jamais vista por todos nós. - disse exaltadamente.
- Jane, tens de acreditar e confiar em mim... - pedi-lhe.
- Desculpa Jack, eu não consigo. - respondeu-me. - Tu mentiste-me acerca do meu pai, e agora não vais conseguir recuperar a minha confiança.
- Mas eu não vou desistir de ti morena! - disse-lhe. Saí do seu quarto desejando uma vez mais sentir os seus lábios nos meus e tê-la para mim para sempre.

[Narrado por Jane]

Neste momento tudo era um espelho. Mas um espelho que dividia duas almas, duas vidas. Vidas separadas pelo tempo que o destino resolveu juntar novamente. A minha imagem complementava-se com a dele, mas ambas as imagens não poderiam ficar de um mesmo lado. Os nossos reflexos nunca mais seriam os mesmos. O que um dia pareceu ser o início da nossa história, hoje pareceu que todos os sonhos seriam impossíveis de se realizarem...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Capítulo 15 - Coração de Ouro

A vida dá voltas e voltas. Quando pensamos que uma memória poderia estar morta e enterrada, num fechar de olhos ela revela-se. Durante meses sofri com a perda do meu pai. O que para mim fora passado, agora era umas partículas de pó no presente que ganhavam força para formar uma poeirada capaz de assolar a minha vida. A minha tristeza com as atitudes de Jack acentuava a cada minuto naquele salão. Esforçava-me para entender porque é que ele não foi capaz de mencionar o assunto directamente comigo. Ele sempre soube que o assunto do meu pai me era doloroso, mas omitir-me algo que ele sabia, isso sim era demais.
- Partiremos para a viagem daqui a três dias! - informou o capitão Charles. - Tenente Jack, é favor de acolher a Jane e os seus "familiares" nas suas propriedades até partirmos para alto-mar.
- Sim capitão. - respondeu Jack. Este aproximou-se de mim e colocou a sua mão no meu braço. - Vamos para casa Jane.
- Não me toques! - exclamei ressentida, retirando forçadamente o meu braço debaixo da sua mão.
- Jane eu preciso de te explicar tanta coisa... - disse.
- Agora queres explicar? - perguntei-lhe incrédula. - Jack tu omitiste a verdade sobre o meu pai durante estes dias, e só agora é que me queres explicar?
- Não podemos falar aqui. - afirmou. - Falaremos em minha casa. Jack avançou e eu fiquei para trás. Permaneci na companhia do Sr. Thomas. Também ele estava ressentido com tudo o que estava a acontecer, não tivesse sido ele outrora o melhor amigo do meu pai. Mas porque é que nunca ele tinha falado neste lado da sua vida? Nunca tivera segredos do seu trabalho para o Sr. Thomas. A sua única omissão comigo fora a identidade de Black Diamond.
Jack acompanhou Robin até ao exterior. Este gostava da sua companhia e começava logo a conversar, como se o conhecesse à anos. Por um lado, o meu sexto sentido alertava-me de que esta união poderia causar problemas a Robin, quando este soubesse a verdade. Mas por outro, existia um sentimento tão forte e tão bonito em ambos os olhares.

De volta à rua, entrámos na carruagem que nos transportou até à casa de Jack. Na verdade, tratava-se da mansão do pai de Sesha. Por falar em Sesha, lá estava ela junto do seu pai, mostrando a sua veia mimada de menina rica sem preocupações que nunca teve de lutar pela sua sobrevivência.
- Paizinho, estes são os familiares de Jack. - informou.
- Vejo bem...
O olhar do senhor veio até mim. Tratou-se de um olhar meigo e acolhedor.
- Deveis ser a Jane! - supôs.
- Sim, sou eu! - respondi surpresa por saber o meu nome.
- Tens os olhos do teu pai! - exclamou. Interpretei como um elogio carinhoso, o suficiente para me deixar um pouco mais sorridente.
- O paizinho conheceu o pai dela? - perguntou Sesha num tom aguçado de ciúmes.
- Sim Sesha, eu tive o privilégio de conhecer o Robert!
- Sabeis, então, o motivo pelo qual eu estou aqui! - afirmei.
- Porque não entramos? - sugeriu.
Entrámos na massão. A mesma era enorme. Os corredores estavam decorados com armas e armaduras antigas. Fez-me recordar a minha. O meu pai valorizava bastante as antiguidades. À nossa espera estava uma mesa servida de chá e de doces. Num impulso Robin dirigiu-se à mesa e comeu os doces.
O pai de Sesha convidou-me a sentar num dos cadeirões existentes do salão. Eu mal estava habituada ao conforto de uma casa.
- A herança que o seu pai deixou em vão é muito importante para a coroa. - comelou por dizer. - Esse tesouro poderá trazer grandes benefícios para a ilha, daí querermos o que é nosso de volta. - fez uma pausa e bebeu um pouco de chá. - Suspeitamos que os mapas poderão estar numa propriedade que alegadamente é sua, e como deve calcular só poderá ser "invadida" com o cossentimento da proprietária! Dado a sua experiência em alto-mar ser-nos-à muito útil. - as suas últimas palavras destruiram a pouca impressão boa que tinha de si. Ele sabia da vida que eu tinha levado nos últimos anos, e de certa forma iria certamente jogar com isso.
- E o tesouro em si? - perguntei.
- Não se trata de jóias Jane, é algo muito mais valioso! - exclamou. - O Coração de Ouro é muito mais valioso que míseras jóias que pagam impostos.
Esse nome não me era de todo estranho. Havia algo que me fazia recordar dele, mas não estava a lembrar-me do que era...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Capítulo 14 - Cartas na mesa

- Então Jack quem é ela? - perguntou aquela vozinha fininha aguda. Senti no seu tom uma certa curiosidade.
- É a minha prima Jane! - exclamou Jack.
- O quê? - perguntei.
- Ah então somos da família! - disse-me a rapariga atirando-se nos meus braços. - Oh querida, precisas de mudar esse visual.
- Pois... - respondi olhando em seguida para Jack. Nesse aspecto ele não tinha mudado. Tinha sempre estas respostas com um pozinho de ironia. Sacana, pensei. Bem não seria muito inteligente da sua parte dizer "Ah esta é a Jane, uma amiga minha de alguns anos que conhecia em alto-mar e sabes, estávamos os dois bêbados e cometemos um pequeno deslize que se chama Robin!". No entanto, aquela situação com a menina rica estava a deixar-me muito desconfortável.

- Sesha querida estás a deixar a Jane pouco à vontade... - disse Jack tirando-a de cima de mim. Finalmente consegui respirar outro tipo de ar que não um infestado de perfume que tinha um odor enjoativo ao qual eu nunca estava habituada a cheirar.
- Querido, agora que os teus familiares estão todos aqui, porque não realizamos o nosso casamento? - perguntou. - Eu e o Jack estamos noivos há alguns anos, mas nunca surgiu a oportunidade certa.
Casamento. Significava que estavam noivos, tal como eu calculei. Não os criticava, tantos anos que estiveram juntos era natural que quisessem consumar o amor que sentiam um pelo outro. Apenas nunca imaginei que Jack se casasse. Ele sempre foi tão independente. Quis preservar tanto a sua liberdade que acabou por encontrar algo que o prendeu durante tantos anos.
- Ou será que foi obra do destino? - perguntou o Sr. Thomas. A sua pergunta desviou a atenção de Jack e Sesha para si. - Eu sou Thomas, o tio da Jane.
- Sim, ela é a sua cara! - exclamou não tendo a mínima noção do que estava a dizer.
- Jane, está na altura de entrarmos. - informou Jack. - Sesha, porque não vais até ao porto ter com o teu pai e depois encontramo-nos todos em casa? - a rapariga assentiu com a cabeça e saiu dali aos saltinhos como uma rapariguinha doida e com a cabeça na lua. Jack aproximou-se de mim e agarrou-me o braço para que eu não entrasse primeiro que os outros. - Eu devia ter-te falado nela...
- Houve muitas coisas das quais não falaste Jack, porque é que haverias de falar na tua noiva? - perguntei.
- Cheira-me a ciúmes... - disse Jack ao ouvido.
- Não te preocupes porque eu não me meto no vosso caminho! - exclamei.
- O problema é que sempre lá estiveste Jane... - disse-me olhando-me nos olhos. Estava a espera que saissem mais palavras da sua boca, mas Jack limitou-se a entrar naquele enorme edifício. Havia tanto para dizermos um ao outro. As suas últmas palavras deixaram-me tão pensativa. Tinha a sua verdade. Se Jack esperou tanto tempo para um casamento é porque algo o impedia de tal, e levava-me a crer que eu era a razão de tanta espera. Jack parecia estar bem ao lado de Sesha, afinal ela tinha uma posição importante na sociedade o que transmitia segurança a Jack, mas estaria ele apaixonado por ela? Essas questões só poderiam ter resposta se eu soubesse o que tinha acontecido durante estes anos todos. Mas isso era o que menos importava agora. O meu futuro e dos meus iria ser decidido dentro daquelas paredes e isso era o que eu mais temia...

A sala era enorme. Estava iluminada por um enorme candelabro. Já não me encontrava naquele tipo de ambiente há anos. Já me esquecera de como era viver em sociedade. Com homens a inalarem o fumo dos seus cachimbos, a tinta importada de um local longínquo que era utilizada para escrever no papel. O montede criados vestidos a rigor que vagueavam naquela sala e servirem os seus senhores. Tanta coisa que eu estava a reviver deixou-me numa posição ainda mais descofortável do que aquela que vivi lá fora. Outrora eu, devido aos meus antecessores, fora alguém importante na sociedade, mas nuna dei valor a isso, porque esses momentos em sociedade só aconteciam em ocasiões muitos raras, noemadamente quando o meu pai voltava do mar. Nos outros dias eu era apenas uma criança livre que adorava apanhar com a brisa do vento.
- Jane, eu nunca estive neste tipo de sítios... - confessou Lyeel.
- Isso gora não é o importante Lyeel. - tranquilizei. - Aquelas cabeças ali ao fundo têm o nosso futuro nas mãos...
- Porque não estamos algemados? - perguntou Lyeel.
- Porque alegadamente somos família do Jack! - respondi-lhe.
Jack aproximou-se de nós e encaminhou-nos para o centro da sala. Ao fundo encontrava-se uma mesa rectangular com três homens lá sentados, e um deles era o capitão Charles.
- Nunca pensei ver a filha do Robert aqui nesta sala... - disse um dos homens. O tom com que me abordou só acentuou a minha desconfiança.
- Sê bem-vinda Jane! - exclamou o terceiro homem.
Não sei se deva agradecer ou pedir a Deus que me tirasse daqui, pensei.
- Já deveis saber a razão porque estais aqui Jane! - exclamou o primeiro homem que me abordou. - Penso que o capitão Charles tenha dito alguma coisa.
- Não foi totalmente explícito! - ripostei.
- Eu tenciono ser breve. - disse. - O seu pai trbalhou connosco durante anos. Prestou-nos os seus melhores serviços como marinheiro real.Porém, deixou a nossa ilha com alguns assuntos pendentes. - as suas palavras deixaram-me confusa. - O seu pai há uns anos prendeu um homem acusado de pirataria que acabou por ser enforcado.
- Esse homem possuia uma rede de contrabando que tinha como objectivo roubar a coroa inglesa. - completou o outro homem. - Há anos foi roubado um tesouro de inglaterra de extrema importância. Como qualquer tesouro há um mapa envolvido e os mapas desapareceram quando o seu pai saiu.
- Eu não tenho mapas nenhuns! - exclamei.
- Mas estará certamente numa propriedade do seu pai. - afirmou Charles.
- A nossa casa ardeu, não sobrou mais nada! - exclamei. Ao recordar a minha casa senti-me tão triste. Todo o meu passado fora dvorado por chamas.
- Certamente existirão outras terras por aí! - disse Charles. - Precisamos da Jane e do que resta da sua tripulação para encontrar esse tesouro.
- E em troca?
- Estarão ilibados contra os crimes de pirataria a que estão acusados! - respondeu. Seria obrigada a concordar com a proposta. Não tinha alternativa. - Ah e Jane, deveria agradecer ao Jack por ter descoberto tudo isto, por sua conta! Sem ele nunca saberiamos tudo isto acerca do seu pai.
Foi como se o mundo tivesse desabado. Como se um enorme buraco se tivesse formado debaixo dos meus pés e eu caisse na escuridão. Não queria acreditar no que acabara de ouvir. Jack sabia de tudo isto desde o início e nunca me dissera a verdade. Isso fora a última gota...