Deixem a vossa marquinha *.*

sábado, 10 de julho de 2010

Capítulo 21 - Euforia

- Jack é o Destiny! - gritei eu completamente eufórica. - O meu navio, inteiro e salvo!
Jack aproximou-se de mim querendo confirmar o que eu gritava. - Parece que é o teu dia de sorte morena!
- Morena? - perguntei-lhe eu.
- Sim, agora vou-te chamar assim. - respondeu-me Jack.
- Está bem, Jack! - concordei.
Peguei novamente na minha luneta e um bote vinha a dirigir-se para a praia. Não consegui perceber quem é que vinha no bote, mas eu só rezava para que o Sr. Thomas estivesse bem. Dei a luneta a Jack e vim arrumar o resto das coisas. Felizmente ainda tinha alguma fruta que iria levar para o navio. O navio do meu pai. Ele estava salvo, e eu também.
- Jane! - gritou uma voz. Era a voz do Sr. Thomas. Olhei para trás e ele estava a sair do bote. Corri para abraçá-lo.
- Sr. Thomas! - exclamei eu.
- Jane fico tão feliz por estares bem! - disse o Sr. Thomas abraçando-me com mais força. - Procurámos-te desesperadamente.
- E o resto da tripulação, como está? - perguntei-lhe. - Eu não vejo o Lyeel! - comecei a ficar preocupada.
- Ele está bem Jane. - tranquilizou-me, o que me fez suspirar de alívio. - E onde está o Jack?
Olhei para o lado e Jack estava estendido no chão.
- Está morto? - perguntou-me o Sr. Thomas.
- Não, está só afogado na bebida. - respondi-lhe.




Marcus e Tyler pegaram em Jack e puseram-no no bote, enquanto que o Sr. Thomas me ajudou a carregar a fruta. Entrámos no bote e rumámos até ao navio. Olhei para trás. Certamente não me iria esquecer daquela ilha. De uma maneira ou de outra, eu tencionava lá voltar...
Marcus olhava fixamente para Jack e encostou-se ao peito do mesmo para verificar se respirava.
- Ele respira... - concluiu Marcus.
- É claro que ele respira seu idiota! - exclamou Tyler. - Se estivesse morto, não estaria aqui a apodrecer no bote!
- Ele está bêbado Marcus. - disse-lhe. - Quando estivermos no Destiny ponham-no na sua rede do porão que ele fica muito bem instalado.
- Sim capitão! - responderam os dois.
Com os gritos Jack acordou. Levou a mão à cabeça e tentava situar-se.
- Onde é que eu estou? - perguntou.
- A caminho do Destiny! - respondeu-lhe Tyler!
- Estou vivo? - perguntou-se.
Marcus deu-lhe uma pancada que o deixou inconsciente. - Se é para dizer idiotices, mais vale estar a dormir. - ri-me com o comentário de Marcus.

Assim que pisei o convés do Destiny fui atenciosamente bem recebida pela minha tripulação.
- Viva a capitã Jane Deverport! - gritaram todos. A minha tripulação estava feliz por me ver bem.
Jack apercebeu-se da suposta "festa" que estávamos a fazer e gritou eufórico: Bebidas para todos! - Agarrei no braço de Jack antes que ele cometesse alguma loucura.
- Jack Nilton bêbado! - exclamou Lyeel descendo as escadas.
- Lyeel! - exclamei eu abraçando-o. - Fico feliz por estares bem.
- Eu também, Jane. - disse-me, ainda a tentar habituar-se a tratar-me pelo meu nome.
Jack estava deitado no convés e falar para o nada. Fiz sinal à minha tripulação para que voltassem aos seus postos. Eu, Lyeel e o Sr. Thomas aproximamo-nos de Jack.
- Então é isto Jane? - perguntou.
- Jack?
- Vais trocar-me por ele?
- O que? - perguntou o Sr. Thomas.
Levantei Jack. - Tu não estás bem!
- Marcus, Tyler, levem-no para a sua rede! - ordenou o Sr. Thomas.
Lyeel e eu olhámos um para o outro. - Desculpa Jane.
- Lyeel. - chamei-o. - Ele está bêbado, não sabe o que diz.
- Ai sei sim Jane! - gritou Jack. - Tu amas-me!
O Sr. Thomas começou a ficar irritado e decidiu levá-lo pelas suas mãos, e eu segui-o.
- Jack, isto está a ser demais! - protestei eu. - Já chega!
- Jane, ele hoje não te vai dizer mais nada.! - exclamou o Sr. Thomas deitando-o na rede e tapando-lhe a boca. - Amanhã está como novo!

Finalmente consegui descansar. O Destiny não sofreu grandes estragos, mas eu estive a reparar os que ficaram. Envernizei com a ajuda da tripulação uma boa parte do mastro que fora o mais atingido pela tempestade. Nenhum dos homens tinha perdido a vida, e todos se mostraram empenhados em voltar ao trabalho depois de dois dias à minha procura e de Jack.
Eu tinha uma rede nova. Antes de me deitar, abri a janela. Estava uma noite de verão quente, e deitei-me na minha rede a descansar onde acabei por adormecer numa questão de segundos.

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