Deixem a vossa marquinha *.*

terça-feira, 8 de junho de 2010

Capítulo 14 - Coragem

Respondemos ao ataque. Só se ouviam os dispares dos canhões dos dois navios e os gritos de uma tripulação desejosa de vencer a batalha. O navio inimigo era-nos totalmente desconhecido. Não tinha bandeira pirata, e não era da marinha real. Por momentos pensei que fosse o navio de Black Diamond, mas era impossível. Se fosse, a minha tripulação iria mostrar mais medo, mas não. Todos estavam dispostos a tudo para vencer a nossa primeira batalha. Os piratas inimigos invadiram o meu navio. Naquele momento não podia ter medo. Tinha de lutar para sobreviver e não pensar no depois, só no momento. Jack juntou-se a mim e ajudou-me a combater. As nossas espadas atravessaram os corpos de dois piratas que se puseram à nossa frente. O grande problema é que eles eram o dobro da minha tripulação, o que tornava a batalha pior. Olhei para trás e dois dos meus homens jaziam mortos no chão, assim como outros da tripulação inimiga. Quando me virei novamente, reparei que um pirata estava prestes a matar Jack. Instintivamente puxei-o para mim e disparei contra o inimigo.


- Agora sim, estamos quites! - exclamou Jack, limpando a transpiração.
- Agora não Jack! - ordenei eu, à medida que me afastava de um ataque inimigo. - Se nos safarmos, falamos melhor sobre isso!
Receava pelo Sr. Thomas, por isso corri em seu auxílio. Reparei que os canhões pararam, o que significava que todos os homens se encontravam no meu navio. E onde estariam Marcus e Lyeel?
Um dos piratas inimigos apareceu á minha frente, disposto a tirar-me a vida a sangue frio. Retirei a minha pistola, mas antes que eu disparasse, alguém me agarrou. Era Jack. Fiquei irritada com ele. Ainda por cima estava agarrado a uma das cordas das velas do navio.
- O que é que estás a fazer? - perguntei eu irritada.
- A salvar-te a vida! - gritou agarrando-me cada vez mais para que eu não caisse.
- Eu não sou a donzela indefesa! - protestei eu. Retirei a minha espada, cortei a corda caímos os dois no meio do convés. Corri para o leme, pois estava vazio. Não o conseguia controlar, pois estava demasiado vento, e acabei por me desiquilibrar e caí no chão. Virei-me para trás e um homem alto e com um ar mais velho estava a apontar-me a espada. Pela sua fatiota percebi que ele era o capitão. Era a minha oportunidade de o matar. Se o fizesse, a batalha terminava. Tentou ferir-me, mas eu levantei-me a tempo e defendi-me. A sua persistência ao tentar matar-me acabou por me ferir. A sua espada rasgou-me a camisa de uma ponta à outra. Fiquei com um enorme corte da bariga até ao peito. Gritei cheia de dores.
- És uma mulher! - exclamou o pirata.
Com a minha mão tentava pressionar a ferida para que não perdesse tanto sangue.
- Sua ordinária! - gritou o pirata com um ar de vingança. Eu olhava para aquela criatura com um pavor terrível. - Não te posso matar já meu docinho! - exclamou ele agarrando-me por um braço. - Primeiro vou-me servir de ti! - Gritei. Era mais o grito de pavor do que um grito de dor. Tentei fugir, mas ele agarrou-me pelos pés e quase que me arrastou, como se eu fosse um saco de batatas. - Mesmo ferida, tentas fugir querida...mas não fujas já.
- Larga-me seu animal! - gritei eu com mais raiva do que nunca. A batalha estava a tornar-se horrenda. Por mais que eu gritasse pos ajuda, ninguém me iria ouvir. Estava a perder sangue e a perder as forças. Comecei a ver tudo à roda e a perder a voz. Tentava espernear mas nem forças tinha para isso.
Ele entrou no meu camarote comigo e trancou a porta. Deitou-me na minha rede e deitou-se por cima de mim. Eu gritava de desespero. Ele tapou-me a boca com um pano, mas eu já estava a perder as forças. Agarrou-me as pernas e começou a beijar-me o pescoço. Só conseguia mexer os pés. Reparei que a faca que o Sr. Thomas me oferecera nos anos estava junto aos meus pés. Alcancei-a com os dedos do mesmo.
- Para pirata até estás muito bem conservada! - sorriu para mim de uma forma totalmente bárbara, o que me enojou por completo. Ele preparava-se para me despir, eu com a faca nos dedos e espetei-a nas suas costas. Gritou de dor, e eu dei-lhe um pontapé que o fez cair no cjão. Cuspi o pano e levantei-me da rede com todas as minhas forças e aproximei-me do capitão que gritava de dor. Estava vivo, mas fraco demais para me fazer frente.
- Julgava-o mais forte, capitão! - gritei eu retirando-lhe violentamente a faca das costas, o que o fez gritar mais. Arrastei-o até ao convés. Deixei-o no chão e dei-lhe um pontapé. Metade dos homens estavam mortos no chão. Reparei que o Sr. Thomas estava ferido de um braço, mas continuava a lutar. - Meus senhores! - gritei, retirando a minha pistola. - A batalha acabou! - disparei sobre o corpo do caitão inimigo, matando-o logo.
A minha tripulação gritou de vitória. Os inimigos que se encontravam vivos iriam ser punidos. Comecei a sentir-me cada vez mais tonta e fraca. Ainda sangrava da minha ferida.
Jack correu em meu auxílio e agarrou-me. - Jane! - exclamou Jack. - Jane aguenta! - gritou Jack - Tragam toalhas, depressa! - ordenou.
Agarrei a mão de Jack para que ele não me abandonasse.
- Jane, fica comigo! - exclamou Jack.

4 comentários:

  1. TAO FOFINHO *.*

    "fica comigo Jane" ---> mesmo querido!!

    Continua... aquele pirata bem merecia um para de muros num sitio que eu cá sei xD

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  2. Jack estava em desespero ao perceber que aquele poderia ser o último segundo de vida de Jane.
    Sim, o pirata inimigo teve o que mereceu.
    Obrigada por acompanhares:)
    Estrela da noite*

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  3. Finalmente decidi vir ca ver !!
    O pirata e um COW
    loooooooooool

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  4. Obrigada por acompanhares Rita:D
    Sim, o pirata era mesmo muito mau, mas teve o que mereceu, como já referi anteriormente:D

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